Parte das edições especiais que comemoram um ano de Os Novos 52!, Liga da Justiça #0 (formato americano, 108 páginas, papel pisa brite, capa couchê, R$ 9,99) apresenta o herói Shazam! no mix da Liga, e mais uma aventura do Capitão Átomo. Devido a isso, as tramas de Liga da Justiça e Liga da Justiça Internacional retornam na edição treze.
O roteiro de Shazam! é escrito por Geoff Johns, artista que
cuida da série da LJ e assinava os enredos de Lanterna Verde há muito tempo. O
roteirista trabalha conectando três pontos em torno de um objetivo comum: a
origem de Shazam! Primeiro ele descreve a procura de um velho feiticeiro pelo seu
sucessor; depois alterna para o ressurgimento do Adão Negro (o maior inimigo do
herói) e, por fim, nos mostra a vida do jovem Billy Batson.
As mudanças entre os tons narrativos poderiam tornar a
leitura confusa, mas não é o que acontece aqui, pois Johns consegue bom
equilíbrio entre todos os pontos. É bacana como ele brinca com o leitor já nas
primeiras páginas e explora a personalidade de Batson, mostrando um jovem que
não confia nas pessoas, mas que esconde um lado oculto crucial para o
desenvolvimento da história.
Outro detalhe importante a ser observado na estreia de Shazam! é o reforço
no universo místico da DC Comics. Quando você se depara com a frase: “Eu sou o
último do Conselho dos Magos e guardião da Pedra da Eternidade, a maior
fortaleza mística em toda a existência”, percebe que esse universo tem
potencial para proporcionar grandes enredos.
Além de um roteiro interessante, a HQ tem o reforço da ótima arte de Gary Frank, desenhista que transmite muito bem as várias expressões dos personagens. O ponto alto dos desenhos fica por conta das aparições do herói e do Adão Negro envoltos em vários raios. Nesse quesito, é elogiável a colorização de Brad Anderson, pois o trabalho do artista no contraste entre o brilho dos raios e o tom de preto é muito bom.
Além de um roteiro interessante, a HQ tem o reforço da ótima arte de Gary Frank, desenhista que transmite muito bem as várias expressões dos personagens. O ponto alto dos desenhos fica por conta das aparições do herói e do Adão Negro envoltos em vários raios. Nesse quesito, é elogiável a colorização de Brad Anderson, pois o trabalho do artista no contraste entre o brilho dos raios e o tom de preto é muito bom.
Com relação ao Capitão Átomo, a trama é um flashback, pois
conhecemos os detalhes da transformação do oficial da aeronáutica, Nathaniel
Adam, no poderoso personagem. Portanto, nesta edição, é apresentado o motivo
pelo qual o capitão aceita participar do processo físico que o modificou e como
isso ocorreu.
Os artistas são os mesmos dos trabalhos anteriores e repetem
o que foi visto antes. No roteiro, JT Krull tem uma ligeira melhora, fazendo uma
conexão com o Universo DC semelhante à proposta do filme O Homem de Aço. Ele
chegou a iniciar essa referência ao universo da editora na edição três, mas,
infelizmente, não expandiu a ideia. Com isso, se prolongou demais nas
indagações do herói e perdeu uma ótima oportunidade.
Na arte, Freddie Williams II teve alguns apreciadores, que
gostaram de seu estilo diferenciado, mas foi criticado pela grande maioria. Williams
até consegue bons momentos quando desenha o Capitão, porém exagera nos efeitos
de sombra, principalmente quando se trata do Dr. Megala (o cientista
responsável pelo experimento que transformou Nathaniel), e obtém um resultado
muito ruim.
Para completar a edição, acompanhamos uma pequena
história chamada Questões, com a presença de Pandora, personagem que
apareceu na edição seis. O retorno dela e o
surgimento de outro elemento na trama indicam que vem algo bem legal por aí.
Como forma de comemorar um ano de publicação, a revista vem
acompanhada por um pôster de 51 x 52 cm que traz a imagem da capa. Assim, o
leitor tem uma edição especial com as origens dos heróis e ainda ganha um lindo
pôster para colocar na parede do quarto.
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