terça-feira, 25 de setembro de 2012

Crítica – Batman: Arkham City


Henrique Jacob
O primeiro do jogo da série, Batman: Arkham Asylum, conseguiu ser um marco nos games baseados em super-heróis por contar com controles, gráficos e uma história muito bem desenvolvida. Após dois anos, a produtora Rocksteady lança Batman: Arkham City com promessas de melhorar ainda mais os combates e contar com um mundo aberto para explorar. A desenvolvedora conseguiu cumprir todas as promessas e ainda apresentou uma história mais complexa e repleta de personagens conhecidos.
Na trama, o prefeito da cidade decide cercar um trecho de Gotham para manter diversos criminosos presos. Essa cidade-prisão é comandada pelo Doutor Hugo Strange, um cientista cruel que sabe a verdadeira identidade do Batman. Bruce Wayne é contra esse projeto do prefeito e no meio de uma coletiva de imprensa acaba sendo preso e levado pela equipe TYGER, que trabalha para Strange. Após conseguir escapar, o herói decide salvar a Mulher-Gato das mãos do Duas-Caras e começa sua investigação para descobrir o que seria o Protocolo 10 que Strange estaria planejando. Ao mesmo tempo, o Cavaleiro das Trevas tem que encontrar o antidoto para a doença de Coringa, pois somente com isto ele conseguirá salvar a cidade que está contaminada com o sangue do vilão.
O roteiro desenvolvido pelo escritor Paul Dini consegue superar o enredo do primeiro jogo com uma trama mais complexa, cheia de reviravoltas e muitas histórias paralelas, envolvendo grandes personagens do universo do Homem-Morcego, entre eles estão Charada, Pinguim, Hugo Strange, Bane, Chapeleiro Louco, Coringa, Ra's Al Ghul, Duas Caras, Mulher-Gato, Senhor Frio e Hera Venenosa. O desfecho da trama também é excepcional com uma surpreendente revelação antes do combate final. Um dos pontos negativos da trama é o fato dos aliados Robin e Mulher Gato não serem muito bem aproveitados na história, principalmente o menino prodígio que aparece em uma única cena para salvar o herói. Isso poderia ter sido mais explorado pela produtora, já que esses personagens são jogáveis.
A jogabilidade que já era ótima ficou excepcional com diversas melhorias, como mais opções de combos e golpes. Os movimentos também ficaram mais fluidos tornando os combates mais ágeis e divertidos. O personagem agora conta com mais equipamentos e consegue planar por mais tempo, podendo até ganhar velocidade após realizar todos os treinamentos. Um dos grandes destaques de Arkham City é controlar a Mulher Gato para explorar a cidade. Os comandos são praticamente os mesmos com os dois personagens, a diferença é como eles reagem com seus movimentos e os seus equipamentos. Ambos possuem itens próprios e cada um tem troféus do Charada específicos para coletar.
A Mulher Gato impressiona por atacar e se movimentar de forma mais ágil, o que garante um ótimo desempenho durante os combates. A sua história paralela é interessante, apesar de ser muito curta. Apesar de contar com a possibilidade de baixar os personagens Robin e Asa Noturna, o jogador não poderá utilizá-los para explorar a cidade, eles somente podem ser usados no modo para enfrentar hordas de inimigos. Ambos os heróis contam com uma jogabilidade que fica no meio termo entre a do Batman e a da Mulher-Gato, misturando um pouco da velocidade da felina com a força do Homem-Morcego.
Sem dúvida, algo muito interessante utilizado no primeiro jogo e também em Arkham City foram as telas de game over, em que um dos vilões aparece dizendo alguma frase bem humorada para eliminar o Homem-Morcego. Vale a pena até deixar o herói morrer algumas vezes só para ver a aparição de cada um dos vilões.
Na parte sonora, o jogador não vai ter o que reclamar, porque Arkham City possui boa parte da excelente trilha sonora do primeiro jogo e algumas novidades, que ampliam e ajudam na imersão do título. A dublagem também continua muito boa com as já tradicionais falas de Mark Hamill como Coringa e Kevin Conroy como Batman. A dublagem do vilão Pinguim também está ótima com a interpretação do ator Nolan North dando vida ao perigoso criminoso.
Os gráficos do título superam em qualidade Arkham Asylum e contam com diversos detalhes nos cenários, personagens e roupas. O mais impressionante é planar em Arkham City e não ver nenhum serrilhado na cidade. Os cenários também estão muito bem representados, mostrando algumas localidades que aparecem nos quadrinhos, como os esconderijos de alguns vilões.
Uma das melhores coisas de Arkham City é a quantidade de missões e tarefas para realizar que contribuem para uma gameplay mais longa, fazendo o jogador explorar diversos cantos da cidade para encontrar itens, impedir crimes e solucionar assassinatos. O modo para enfrentar hordas de inimigos retorna com mais estágios e com um ranking online para registrar o melhor desempenho.
As legendas e menus em português também estão muito bem traduzidos, sem erros de ortografia e ajudam bastante os jogadores que não entendem muito o idioma inglês. Batman: Arkham City é um excelente jogo baseado no herói e evolui a ótima fórmula desenvolvida em Arkham Asylum. O game é uma das melhores opções para todos os jogadores.

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