segunda-feira, 10 de junho de 2013

The Last of Us

Testamos a Demo e contamos as nossas impressões


Da Sala de Reunião

Após atrasos na liberação da demo, a Naughty Dog finalmente disponibilizou o conteúdo no último dia 31 de maio numa amostra com pouco tempo de duração. Ao iniciar a demonstração, a primeira coisa que podemos notar é a qualidade dos gráficos que superam com facilidade o que foi visto em Uncharted 3, último game da série protagonizada por Nathan Drake. Os cenários são realistas com prédios enormes e construções destruídas. Isso ficou excelente porque contribuiu para aumentar o clima de sobrevivência presente na aventura.
Na demo, somente um pouco da história é mostrada e acompanhamos Joel, Ellie e a sobrevivente Tess andando pelas ruas e fugindo dos infectados. A premissa da trama é muito interessante e lembra bastante o filme Eu sou a Lenda em que uma parcela da população foi contaminada por um vírus que os transformou em monstros deformados. Os inimigos também são muito bem feitos e o realismo impressiona, contribuindo bastante para empolgar o jogador nas situações tensas da trama.
 
Esse clima de sobrevivência é muito utilizado e o jogador em alguns momentos tem que se esconder dos infectados e lançar um objeto na direção oposta dos inimigos para conseguir uma distração suficiente para passar pelos cenários em segurança. É um jogo que mistura ação e suspense na medida certa, pois ao abrir uma porta em um lugar mal iluminado, você fica tenso achando que algum infectado pode aparecer do nada e te atacar. Sem dúvida esse é o grande trunfo de The Last of Us, ao unir uma incrível narrativa, excelentes gráficos e um sistema de jogo consistente para melhorar a experiência e a imersão do jogador, mesclando elementos de survival horror, ação e furtividade.
Ao andar pelos prédios, Joel pode pegar objetos e utilizá-los para melhorar seus equipamentos. Para sobreviver em sua jornada, o jogador precisa economizar munição e kits de remédio, pois a quantidade é limitada e se você não controlar o uso ficará difícil prosseguir na aventura.
Uma novidade bem interessante é o sistema para utilizar medicamentos, quando Joel começa a tratar algum ferimento, ele fica vulnerável aos ataques dos inimigos, isso obriga o jogador a criar uma estratégia para decidir o melhor momento e o lugar para iniciar o tratamento médico. Apesar de ser pouco explorado na demonstração, provavelmente na aventura completa será um dos desafios que o jogador terá pela frente.
A jogabilidade tem alguns elementos de Uncharted, principalmente na movimentação do personagem e no controle da câmera. Entretanto, Joel anda um pouco mais devagar que Nathan Drake, claro que isso não é problema já que os objetivos e o estilo dos jogos são bem diferentes. Porém, em The Last of Us é possível correr ao acionar o botão L2. Outra diferença é o sistema de tiro que ficou um pouco mais limitado nessa nova série.
Os momentos mais tensos da narrativa se encontram nos lugares escuros e repletos de infectados. Para percorrer esses cenários é necessário ligar e desligar a lanterna de Joel em diversos momentos. O sistema de controle desse acessório é interligado ao da câmera, ou seja, basta movimentar o analógico da direita para a direção desejada, mudando assim o ângulo de visão e ao mesmo tempo controlando o equipamento. Joel também pode aguçar sua audição para descobrir a posição aproximada dos inimigos. Usando esse recurso é possível ver a silhueta das criaturas através das paredes. Isso ajuda bastante na hora de preparar uma estratégia para atacar. 



Os combates só acontecem em alguns momentos, principalmente no final da demonstração em que Joel tem que matar todos os infectados de uma sala para que suas companheiras possam descer do lugar. O melhor nesse caso é atacar cada inimigo por vez para não alertar os demais e evitar um confronto maior, caso você use sua lanterna ou dispare com sua arma, os outros infectados irão te atacar ao mesmo tempo e você correrá um grande risco de morrer. Caso algum deles te ataque, será necessário pressionar determinados botões no momento certo e revidar as investidas dos inimigos, caso você erre o ser contaminado irá te morder na região entre o pescoço e o ombro e aí você terá que reiniciar do último checkpoint.
A dublagem em português ficou boa. Pela demonstração já é possível notar o belo trabalho na edição e dos profissionais que emprestaram suas vozes aos personagens. No geral, The Last of Us tem excelentes gráficos, uma boa jogabilidade e uma história que promete agradar pelo clima tenso. Pela demo, já é possível notar que a Naughty Dog fez um jogo incrível, provavelmente será um dos títulos mais marcantes do Playstation 3.

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