sábado, 17 de novembro de 2012

Epic Mickey 2: The Power of Two e The Power of Illusion


Testamos a Demo e contamos as nossas impressões
Da Sala de Reunião
Lançado em 2010 para Nintendo Wii, Epic Mickey marcou o retorno do mascote da empresa como protagonista de uma aventura digital. O game concebido por Warren Spector, criador da série Deus EX, tinha como premissa a ideia de usar a tinta como elemento fundamental na jogabilidade e para avançar nas fases era necessário resolver puzzles simples, realizar quests e progredir em cenários típicos de títulos de plataforma. A ideia era interessante, mas alguns detalhes prejudicaram um pouco o brilho do clássico, como a câmera desajustada que atrapalhava alguns movimentos e saltos do personagem.
Após o sucesso do primeiro jogo, a Disney confirmou uma sequência multiplataforma para PC, Xbox 360, Wii, Playstation 3 e Wii U. A primeira coisa notável na demo de Epic Mickey 2: The Power of Two é a melhoria nos sistema de câmeras, que evoluiu bastante em relação ao primeiro. Agora esta se movimenta em diversos momentos procurando ângulos melhores, mas ainda ocorre algumas deslocadas quando se tenta pular em cima de um objeto muito próximo. Quando é realizado essa ação, a visão se aproxima demais do cenário, chegando a incomodar um pouco.  Apesar disso, o título melhorou bastante nesse quesito em relação aos erros que ocorriam no meio da aventura do título anterior.
Novamente, o camundongo mais famoso do mundo tem que retornar a Wasteland, mundo dos personagens esquecidos da Disney, para ajudar Oswald, o coelho sortudo e os habitantes desse universo. No inicio da trama, o vilão Mad Doctor retorna a cidade e pede uma oportunidade para salvar o mundo de novos inimigos com o apoio de Oswald. Para mostrar seu arrependimento pelos atos malignos do último game, o doutor se diz arrependido e pede uma segunda chance cantando uma canção bem animada. Nesse momento, podemos ver uma das novidades da sequência que são os musicais muito semelhantes aos dos filmes da empresa. Esses momentos foram bem encaixados no contexto da história e não forçam tanto a barra como acontece em alguns longas do gênero. Além disso, as letras das canções são bem feitas e com um ritmo que vai agradar tanto crianças como adultos.
Após o número, o coelho acredita nas palavras do doutor e parte em sua companhia para o laboratório do cientista maluco. O gremlin Gus e Ortensia, namorada de Oswald, decidem chamar Mickey com uma máquina especialmente construída com esse objetivo. Durante, esses momentos da história já possível notar que a qualidade dos gráficos nas cenas não interativas está ótimo e mantém a beleza da versão anterior. Como aconteceu no antecessor, as primeiras CGs são feitas com gráficos com modelagem 3D e o restante é feito por desenhos animados muito bem feitos que dão um ar muito agradável para a jogatina.
Epic Mickey 2: The Power of Two
O sistema de controle se manteve praticamente igual, Mickey precisa jogar tinta ou thinner nos objetos e inimigos para prosseguir em sua aventura. Os comandos se mantém os mesmos no console da Nintendo e são similares quando se utiliza o Move no Playstation 3, basta apontar e escolher um botão para lançar tinta ou thinner. Esse método continua muito funcional e teve uma ligeira melhora em alguns pontos.
Também é possível utilizar o controle tradicional nos outros consoles para realizar essas ações. Dessa forma, o jogador terá que mover o analógico da esquerda para movimentar o personagem e o da direita para mirar. No início é um pouco estranho, mas conforme vai se jogando dá para perceber que a produtora conseguiu fazer um ótimo trabalho nesse quesito e apesar de não ser tão natural como com os controles de movimento, a experiência é agradável.
Outro detalhe interessante é o modo multiplayer em que um jogador comanda o Mickey e outro controla Oswald. A interação entre os personagens e a necessidade das ações em conjunto são fundamentais para progredir nos cenários. O coelho utiliza uma espécie de controle remoto que permite acionar máquinas e diversos objetos. O resultado é uma experiência muito bem desenvolvida mesmo jogando sozinho com o camundongo, em que será necessário trabalhar em equipe com Oswald, sendo controlado pela inteligência artificial, para solucionar puzzles e avançar na trama. O sistema de escolhas retorna nessa sequência com algumas melhorias, mas ainda não interfere na história.
Com legendas em português, Epic Mickey 2: The Power of Two traz ótimas melhorias que vão agradar os fãs do primeiro título e até quem nunca se aventurou nessa franquia. Aproveite e confira o nosso álbum de imagens do game e assista ao trailer. O jogo será lançado amanhã nos Estados Unidos e deve demorar algumas semanas até chegar às lojas brasileiras.
Aventura portátil
O sucesso do primeiro título para Wii também garantiu um jogo exclusivo para Nintendo 3DS. Epic Mickey: The Power of Illusion é uma homenagem ao clássico Castle of Illusion com alguns elementos da nova franquia criada na plataforma da Nintendo.
Ao contrário das versões dos outros consoles, o título possui uma progressão lateral (side-scrolling), muito semelhante ao que acontece nas franquias New Super Mario Bros. e Rayman Origins. A diferença é que Mickey possui a habilidade de utilizar o pincel para criar e fazer sumir determinados objetos. A ideia é interessante, mas é muito limitada em relação a Power of Two, principalmente pelo fato de não ser permitido utilizar a tinta em qualquer objeto ou parte do cenário. Outra limitação desse sistema é forma como se deve pintar ou usar o thinner, que basicamente consiste em utilizar a Stylus do portátil para prencher com removedor ou pintar as bordas de um objeto. Isso se torna um pouco repetitivo durante as fases. A produtora poderia ter explorado outras funções do aparelho e os recursos da tela de toque para dar maior liberdade.
Na trama, Oswald chama Mickey para salvar Minnie e outros desenhos que estão presos no Castelo das Ilusões criado pela bruxa Mizrabel. A história é simples, mas a premissa é interessante já que com isso muitos cenários serão baseados nos filmes da Disney e muitos personagens conhecidos vão participar, entre eles estão o Tio Patinhas, Grilo Falante, Fera, Rapunzel e Peter Pan.
Epic Mickey: The Power of Illusion
Os gráficos são parecidos com o visual de um desenho animado, principalmente em relação ao protagonista. A riqueza de detalhes nos cenários também agrada pela diversidade das fases. Apesar de ser um jogo mais voltado para aventura, o título também possui algumas quests em que é necessário buscar um item para entregar para um dos personagens já salvos.
Uma das falhas da versão é a ausência de cenas não interativas. A história é contada por meio de diálogos com imagens estáticas dos personagens que se alteram após algumas falas. Apesar de se tratar de uma versão portátil, a empresa poderia ter colocado algumas animações ou pelo menos uma dublagem, pois dessa forma não cansaria os jogadores. Uma adição interessante foram as legendas em português que facilitam o entendimento.
A jogabilidade foi muito bem desenvolvida com um sistema de golpes simples, se resumindo a atirar tinta, dar ataques giratórios e pular em cima da cabeça dos inimigos. Também podemos ver nos últimos minutos da demo que após algumas fases teremos combates contra personagens famosos como o Capitão Gancho. Essa variedade de estágios e inimigos vai agradar principalmente aos fãs do universo Disney.
Apesar de algumas falhas, vale a pena dar uma chance a Epic Mickey: The Power of Illusion se você gosta de jogos de plataforma e se interessa pelos personagens da Disney. 

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