sábado, 17 de novembro de 2012

Crítica – Lego Star Wars III: The Clone Wars


Henrique Jacob
A franquia de jogos com os bonecos da Lego apresenta novamente o universo de Guerra nas estrelas, só que agora contando a história das duas temporadas da animação Star Wars: The Clone Wars, que como o próprio nome diz retrata as guerras clônicas que ocorrem entre o segundo e o terceiro filme da nova trilogia.
Cada missão é baseada em um episódio do desenho e retrata com algumas modificações os acontecimentos mais importantes. Uma das novidades é que possível realizar algumas fases do modo história somente com os clones. Essa ideia foi ótima, por explorar as habilidades e armas de cada um deles e fugir do tradicional uso dos Jedis. Entre os clones é possível escolher aqueles que usam metralhadoras, armas comuns, bombas e até os que utilizam um aparelho com freqüência de rádio para dar ordens aos outros companheiros de equipe.
A produtora Traveller’s Tales manteve novamente a fórmula de sucesso dos jogos anteriores da série, com muito humor nas CGs (cenas não interativas) e uma jogabilidade simples que agrada o público casual e as crianças. Além de garantir um bom divertimento, principalmente quando se joga com duas pessoas.
Uma novidade bastante interessante do título são as missões típicas de games de estratégia, onde você tem que conquistar o território inimigo e construir instalações para aumentar o número de clones ou droids, canhões e veículos no campo, com o objetivo de proteger as bases conquistadas e adquirir as demais. Além de ser uma ótima adição a fórmula que praticamente se manteve inalterada desde o primeiro título da série, os combates se utilizam de diversos elementos e são bem divertidos. Entretanto, essa novidade só está disponível em poucas fases da campanha principal, algo que poderia ter sido mais explorado durante o jogo pela produtora, pois é uma ótima forma de mostrar alguns dos momentos existentes na guerra dos Clones.
Apesar disso, o jogador poderá aproveitar melhor essa inovação no modo Assault, que basicamente consiste em cumprir um determinado objetivo como destruir todas as bases inimigas, o centro de comando ou construir um pod de fuga. Também é possível escolher e realizar missões de ambos os lados da guerra, controlando os Separatistas e os Membros da República. O melhor dessa modalidade é o seu nível de dificuldade maior em relação ao modo história, porque as missões exigem que o jogador realize a tarefa em um determinado tempo, que às vezes é muito pequeno para conquistar as bases necessárias para concluir a missão.
Os gráficos são bonitos dentro do que já foi visto na série e apresentam efeitos de luz e sombra com maior realismo. Os cenários se tornaram maiores e possuem uma grande gama de detalhes, principalmente nas missões de estratégia em tempo real. Porém, a taxa de quadros tem algumas quedas nessas fases quando se tem muitos inimigos na tela. Isso não chega a prejudicar, mas incomoda um pouco e tira o brilho desses ótimos estágios.  
Uma novidade interessante do game foi o hub (menu) que deixou de ser um bar e passou a ser uma nave gigante chamada Resolute. Nela, somente os membros da República podem andar livremente, sem ser atacados pelo sistema de defesa ou por outros personagens. Os jogadores também podem comprar personagens, naves, veículos e acessar missões nesse lugar.
Para adquirir os Siths, Droids e Caçadores de Recompensa é necessário voar até a nave Separatista que está ao lado da Resolute. Além disso, nesse lugar existem missões específicas para os caçadores, em que o jogador deve encontrar determinado personagem antes que o tempo acabe. Essas fases usam os mesmos cenários do modo história com pequenas alterações e a dificuldade para encontrar os personagens não é muito grande, algo que poderia ser melhorado no próximo título com uma maior variedade nos objetivos.
A trilha sonora é a mesma dos filmes e foi muito bem utilizada durante as missões, realçando os momentos importantes da história da série animada. Os efeitos sonoros das armas, canhões e dos sabres de luz também foram bem feitos.
No geral, Lego Star Wars III: The Clone Wars consegue renovar em alguns pontos a série, mas mantém a fórmula praticamente inalterada ao longo dos anos. O game só vale a pena se você é apaixonado pelo universo de George Lucas ou se gostou dos jogos anteriores do Lego baseados na obra cinematográfica.

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