sábado, 3 de novembro de 2012

Crítica – Pro Evolution Soccer 2013

Cristiano Almeida

Todo ano a disputa no mundo do futebol virtual fica acirrada com a concorrência entre as franquias PES e FIFA. Com o lançamento de Pro Evolution Soccer 2013, a Konami tenta corrigir alguns erros das edições anteriores e apresentar algo a mais para superar sua adversária.

Nesta versão, o game aposta em um controle que se aproxime mais do futebol real. Sendo assim, não é mais possível ir de uma área a outra com poucos toques ou ter uma vantagem absurda com um dos vários craques do jogo. É claro que certos jogadores tem superioridade sobre outros, mas a disputa está mais equiparada. Nesse sentido, a inteligência artificial da defesa melhorou, assim como as disputas por bola no alto.

Contudo, a inserção de um controle melhorado não significa que o jogo está livre de imperfeições, pois ainda há momentos em que as partidas ficam muito “artificiais”, com a falta de uma resposta instantânea entre o comando do jogador e a ação, goleiros pouco seguros e chutes que fogem um pouco da mecânica real.

O quesito gráfico ainda peca no detalhamento dos jogadores, porque alguns não se parecem em nada com os futebolistas de carne e osso. Isso pode ser conferido, principalmente, em close-ups produzidos nas comemorações ou durante advertências do juiz. A movimentação também repete problemas dos outros títulos, sendo travada em algumas ocasiões.

Um ponto interessante é a adição de treinos na Master League, da Copa Libertadores da América e também dos estádios do Morumbi e da Vila Belmiro. Outro fator é que a primeira divisão do futebol brasileiro tem presença garantida, sendo composta pelo elenco real, embora não esteja totalmente atualizada. Para completar há ainda comemorações características dos jogadores, narração de Silvio Luís e comentários de Mauro Betting.

A parte sonora tem bons momentos com o grito das torcidas e a animação nos momentos de ataque. O problema ocorre na narração citada acima, pois acontecem atrasos entre a descrição da jogada e o fato em si. Um exemplo é quando um jogador já levou cartão amarelo e o locutor ainda está detalhando o lance.

Na interação, os menus tiveram adições que acabaram complicando o entendimento. Assim, um jogador novato precisará se adaptar as várias telas de configuração para disputar a partida em si. Para os veteranos, a proposta é interessante, já que permite melhorar os fundamentos dos jogadores.

Enfim, a nova edição de PES melhorou em alguns pontos, mas ainda apresenta problemas gráficos e inovações tímidas. No entanto, a desenvolvedora tem escutado os fãs da franquia para melhorar a cada novo título, e, certamente, receberá um feedback deste jogo indicando os pontos falhos. Com isso, a concorrência pelo melhor jogo do futebol virtual segue e quem ganha somos nós, jogadores.

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