domingo, 4 de novembro de 2012

Crítica – Os Supremos – O Filme


Henrique Jacob
A animação Os Supremos – O Filme apresenta ao público a versão da equipe dos Vingadores no universo Ultimate da Marvel. Lançado em 2006, o longa adapta a graphic novel criada por Mark Millar e Bryan Hitch com algumas modificações e cortes no conteúdo.
Na trama, o Capitão América invade uma base nazista comandada por Herr Kleiser em 1945. Após entrar no complexo, o herói descobre que o local está sendo utilizado pela raça de alienígenas chamada Chitauri. O bandeiroso descobre os planos dos inimigos e tenta impedir que um foguete com ogivas nucleares atinja a cidade de Washinton. O capitão consegue destruir a arma, mas acaba caindo no mar e ficando congelado durante décadas. A partir desse ponto, o enredo avança e mostra a S.H.I.E.L.D. encontrando o herói e reunindo diversos seres com superpoderes para forma uma equipe com o objetivo de impedir os próximos ataques dos Chitauri.
O roteiro desenvolvido por Greg Johnson consegue explorar as emoções e os conflitos dos membros da equipe, sempre mostrando o ponto de vista do Capitão América. A ideia é ótima porque consegue narrar com coerência os acontecimentos na vida do personagem e sua dificuldade para se adaptar em um novo tempo. Entretanto, essa prioridade da narrativa em mostrar o bandeiroso, atrapalha em alguns momentos por não explorar algumas características dos demais membros da equipe.
A trama consegue prender o público e traz uma boa história, mas falha no desfecho em que o autor simplesmente gera uma briga sem explicação entre o Hulk e os integrantes da equipe. Bruce Banner, alter-ego do verdão, afirma antes de se transformar que conseguiu criar uma substância para controlar o monstro. Após isso, a trama mostra que o medicamento funcionou e em seguida já apresenta ele totalmente descontrolado novamente, parecendo que o remédio não surtiu efeito. Sem explicar o motivo dessa mudança repentina, cria-se a sensação de que isso foi somente uma justificativa para forçar uma briga entre os heróis.
Uma das melhores coisas do longa é conhecer essas novas versões do famosos personagens da Marvel, como o Thor sendo um ativista, o doutor Hank Pym (Gigante) arrogante e com um caráter as vezes duvidoso, Tony Stark um pouco mais sério e um Bruce Banner deprimido e pessimista. Apesar de algumas delas não serem melhores que as versões tradicionais, é muito interessante conhecer esses personagens com características e personalidades diferentes.
Com a direção de Curt Geda, Steven E. Gordon e Bob Richardson, a animação apresenta uma ótima qualidade nos desenhos que tentam imitar o visual apresentado na graphic novel, mas com algumas melhorias. As cenas de ação estão muito bem produzidas com uma grande riqueza de detalhes, principalmente nos momentos em que prédios ou objetos explodem e durante as sequências de luta.
A trilha sonora tenta criar um clima de um grande épico, principalmente nos momentos de heroísmo do Capitão América. O áudio agrada e realiza sua função de realçar algumas cenas de combate e tensão, mas não é nada que chegue a impressionar ou marcar o público, como acontece em alguns filmes. A dublagem foi muito bem feita e realça as características de cada personagem.
Apesar de algumas falhas e mudanças no roteiro, a animação Os Supremos – O Filme é uma boa oportunidade para quem deseja conhecer mais do universo Ultimate da Marvel e também para aqueles que gostam de filmes com heróis.  

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