No primeiro Busca Implacável (Taken), Liam Neeson assumia o papel de Bryan Mills, um ex-agente da CIA que passava por cima de todo mundo para resgatar a filha sequestrada por traficantes de mulheres. A continuação, Busca Implacável 2 (Taken 2), parte de uma premissa básica dos filmes de ação, a vingança, para justificar novamente o uso das habilidades do ex-agente. Não a vingança dele, mas sim, a do pai de um dos sequestradores mortos no primeiro filme.
No início desta sequência, somos relembrados como o
personagem de Neeson é um pai super-protetor, sempre monitorando os passos da
filha Kim (Maggie Grace). Em outro ponto, na Albânia, vemos Murad (Rade Sherbedgia) e outras
pessoas enterrando os corpos de todos os sequestradores que Bryan aniquilou.
Murad, então, promete vingar a morte deles e de seu filho, Marko.
Passado os minutos iniciais, o ex-agente está em Istambul,
na Turquia, para prestar um serviço de segurança pessoal. Terminado o trabalho,
ele recebe a visita surpresa de sua filha e de sua ex-esposa, Lenore. O clima
de felicidade é interrompido quando o grupo de criminosos de Murad sequestra
Bryan e Lenore, que agora precisarão contar com a ajuda de Kim para escapar do
cárcere.
Com a complicação estabelecida, as habilidades de
homem-bem-treinado são melhor exploradas neste filme, demonstrando que além do
domínio no uso de armas e no combate corpo a corpo, o ex-agente é extremamente
engenhoso. A cena em que ele tenta passar as coordenadas de sua localização
para a filha é um ótimo exemplo.
A direção de Olivier Megaton, que substitui Pierre Morel,
acaba sendo prejudicada nas sequências de ação. O excesso de cortes e a câmera
em movimento, principalmente nas cenas de luta, torna difícil a visualização,
algo que o diretor já havia feito em Carga Explosiva 3 . O roteiro de Luc Besson e
Robert Mark Kamen, os mesmos roteiristas do filme original, entrega uma trama
básica e sem os elementos adicionais do primeiro Busca Implacável, chegando
ao ponto de cometer alguns equívocos para prolongar a ação.
As locações de Istambul, com ruas estreitas, becos e
telhados próximos um dos outros, colaboram para criar um bom clima de suspense
nas perseguições. A localidade complementa também a trilha sonora, que pega
emprestado efeitos sonoros regionais para compor uma importante sequência da
narrativa.
Por fim, o longa é eficaz no que se propõe, mas não consegue
superar o original. Poderia ser melhor, caso o roteiro tivesse um pouco mais de
estofo e a edição não fosse tão frenética. Contudo, pedir que produções assim
sejam mais meticulosas é exigir demais. Afinal, meticuloso mesmo, só o Bryan
Mills.
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