domingo, 4 de agosto de 2013

Crítica – Wolverine – Imortal

Cristiano Almeida

Wolverine Imortal (The Wolverine) é o novo filme do mutante mais querido da Marvel. A produção tenta recuperar parte do prestígio perdido no cinema após o primeiro longa, X-Men Origens: Wolverine, ter recebido duras críticas.

A trama tem como base a saga Eu, Wolverine, criada por Chris Claremont e Frank Miller, na qual Logan vai ao Oriente em busca de amor, mas encontra apenas fúria. Humilhado em combate diante de sua amada, a bela Mariko Yashida, o mutante descarrega sua ira na organização criminosa Tentáculo.

O filme tem início após os eventos de X-Men 3: O Confronto Final e não X-Men Origens: Wolverine como sugeria a cena pós-créditos. A mudança ocorreu, pois o estúdio decidiu ignorar a produção anterior e dar um reboot na franquia, devido às criticas citadas acima.

O roteiro de Mark Bomback e Scott Frank volta bastante no tempo, antes do projeto Arma-X, e apresenta Wolverine (Hugh Jackman) ainda com garras de osso, numa prisão em Nagasaki, no Japão. Esse momento da trama é o que vai motivar as relações entre os personagens e é também o responsável por uma ótima cena do uso do fator de cura.

Com um salto temporal, encontramos o mutante vivendo como um ermitão, atormentado pela morte de Jean Grey (Famke Janssen), que a todo momento surge em seus sonhos. Decidido a não mais lutar, o herói se vê envolvido em uma mescla do Japão tradicional com o contemporâneo, algo que é muito bem retratado pela Direção de Arte.

Apesar de todos os conflitos internos, Logan se sente atraído por Mariko Yashida (Tao Okamoto), neta de um homem salvo pelo mutante no passado, que oferece uma forma inusitada de retribuir o favor. Assim, surge espaço para a presença de outros personagens, como Yukio (Rila Fukushima), kunoichi que ajuda Wolverine, e os vilões Viper (Svetlana Khodchenkova) e Samurai de Prata, infelizmente descaracterizados ao longo da produção.

Na direção, James Mangold entrega um interessante choque de culturas, pois coloca Wolverine, um homem rústico, diante dos vários hábitos e crenças do povo japonês. Esse fator contribuiu para que o diretor conseguisse o melhor resultado na exploração do romance entre o casal. Nas cenas de ação, o contraste também é a base para Mangold entregar boas sequências, com a ressalva de uma no famoso trem-bala, que não se conecta ao perfil do mutante, em virtude do exagero em sua execução.

Entre erros e acertos, Wolverine – Imortal termina com um resultado mediano, semelhante ao alcançado no longa anterior. Ou seja, o filme elimina alguns pontos falhos da primeira produção, como o excesso de personagens, mas apresenta seus próprios erros. A cena pós-créditos, porém, é muito interessante e faz ligação com X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, criando um novo rumo para o mutante, que é tão querido nas HQ’s, mas divide opiniões no cinema.

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