sábado, 8 de dezembro de 2012

Crítica – Need for Speed: Hot Pursuit


Henrique Jacob
Criada em 1994, a série Need for Speed é uma das mais aclamadas franquias de jogos de corrida por sua alta velocidade e pela variedade de veículos esportivos.  Lançado em 2010, Need for Speed: Hot Pursuit foi desenvolvido pela produtora Criterion Games (Burnout), que soube explorar as mecânicas do título e introduziu algumas novidades na fórmula.
O jogo se utiliza de alguns elementos presentes na série Burnout como as cenas incríveis que mostram as batidas dos veículos com um excelente nível de detalhes e efeitos visuais, mostrando peças, pneus e outros componentes sendo quebrados ou se soltando do carro, o que vai agradar bastante o público apaixonado pelas corridas da série criada pela Criterion. O efeito de velocidade é outro fator excepcional do título que representa bem a potência e o desempenho do carro nos momentos em você está bem acima dos 100km por hora. É fácil notar as semelhanças entre Hot Pursuit e Burnout, pois o visual e a velocidade são muito parecidos em ambos, mas com missões condizentes com a proposta da franquia Need for Speed.
Os gráficos são ótimos com um alto nível de qualidade principalmente em relação aos veículos esportivos, que apresentam um visual muito bem polido e agradável sem qualquer tipo de falha. Os cenários possuem diversos detalhes com pistas muito bem produzidas e com diversos atalhos que facilitam durante as competições.
Sem um modo história, o game se divide entre as missões voltadas para os pilotos ilegais e as dos agentes da lei. O progresso em cada carreira é determinado pelo desempenho nas corridas ou perseguições, gerando pontos que aumentam seu nível após realizar algumas tarefas. Esse sistema é eficiente e conforme o jogador avança são desbloqueados novos veículos, equipamentos e algumas melhorias nos acessórios. Essa mecânica agrada e estimula a vontade de concluir mais missões para ganhar todos os itens.
A inteligência artificial dos competidores controlados pelo jogo durante as corridas demonstra certo equilíbrio com o aumento proporcional de dificuldade conforme o jogador progride no modo carreira. Os maiores desafios do jogo são encontrados nas missões em que você como policial precisa parar um único piloto dentro do tempo limite nos níveis mais avançados do game. Entretanto, há alguns problemas como o helicóptero acionado pelo jogador durante as perseguições que em alguns momentos é lento demais para jogar uma faixa de espinhos contra o corredor e às vezes solta a armadilha poucos metros antes de você passar, o que pode frustrar em alguns momentos e atrapalhar seu desempenho.
O que faz falta em Hot Pursuit é a ausência de uma cidade livre para explorar e escolher suas competições. Isso não chega a ser uma falha, pois o mapa da cidade permite definir a próxima corrida de forma simples e satisfatória, mas seria uma adição muito bem vinda que garantiria uma imersão maior como acontecia em Underground 2 e Most Wanted. Outro ponto que poderia ter sido mais explorado pela produtora é o sistema personalização dos veículos, que se limita a escolha da cor do carro. A pouca quantidade de modelos no início do game também poderia ter sido repensada. Apesar disso, conforme o progresso do jogador são liberados diversos esportivos de marcas conhecidas como BMW, Porsche e Mercedes. A principal ausência é a Ferrari no acervo de automóveis disponíveis.
No geral, o sistema de controles é ótimo e eficiente permitindo ao jogador conduzir o automóvel com muita facilidade. Os acessórios dos pilotos e da polícia podem ser acessados facilmente com apenas um toque no botão do item desejado para que a ação se desenrole rapidamente e sem qualquer tipo de atraso na maioria das vezes. Entre os equipamentos disponíveis estão faixas com pregos, bloqueador de radar, EMP (arma que dispara ondas eletro magnéticas que destroem componentes do motor dos adversários), turbo utilizado pelos pilotos, bloqueio policial e apoio de helicóptero para os agentes da lei.
A trilha sonora é bem diversificada com o uso de músicas de diferentes gêneros como rock, eletrônica e pop. O áudio e os efeitos sonoros dos veículos são excelentes e representa com certa fidelidade os sons emitidos pelos esportivos de luxo, contribuindo para aumentar a imersão do jogador.
O modo online é competente com suporte a oito jogadores e apresentam os modos Race e Hot Pursuit, similares aos do modo single-player. O principal feito da Criterion é o Autolog, uma espécie de rede social que registra seu desempenho durante as corridas presentes no modo carreira e compara com os demais jogadores, permitindo que você tente bater o tempo de seus amigos em determinada pista. Além disso, o recurso permite que o jogador compartilhe informações no seu mural.
Com versões para PC, Wii, Xbox 360 e Playstation 3, Need for Speed: Hot Pursuit melhora em alguns pontos a franquia com boas novidades, como o Autolog e as batidas no estilo Burnout. Sem dúvida, o game é uma ótima opção para quem gosta de jogos de corrida com muita velocidade e um bom nível de desafio.

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