sábado, 22 de dezembro de 2012

Crítica – Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds

Cristiano Almeida

O crossover entre dois universos resultou em uma das franquias mais divertidas dos jogos de luta, a Marvel vs. Capcom. Em Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds, o título reduz o número de personagens do game anterior, mas mantém a característica da série com golpes poderosos e combates velozes.

Ao todo são 36 lutadores, sendo 18 para cada universo. Entre figuras clássicas, como Ryu, Akuma, Homem-Aranha e Wolverine, algumas das novidades são: Amaterasu (Okami), Dante (Devil May Cry), Chris Redfield (Resident Evil) e Mike Haggar (Final Fight) por parte da Capcom, e Fênix, Mulher-Hulk e X-23 (uma espécie de versão feminina de Wolverine) no lado Marvel. A atualização do game, a Ultimate Marvel vs. Capcom 3, adiciona mais 12 personagens, que incluem Rocket Raccoon - o guaxinim da HQ Guardiões da Galáxia -, o Motoqueiro Fantasma e o ninja Strider Hiryu, do game Strider.

Com o leque de combatentes à disposição, o jogador forma um trio para disputar com um amigo ou o PC. A opção de escolha permite que você forme um grupo do mesmo universo ou uma equipe mista, o que é bem bacana, já que as possibilidades são inúmeras. Você pode criar um grupo de Street Fighter, de X-Men ou de Vingadores.

O jogo não possibilita o combate em duplas ou solo. Assim, o objetivo é, com o trio formado, sair metendo a porrada nos adversários sem a preocupação com histórias, ou seja, os dois mundos são reunidos e os combates se iniciam até o chefe final, Galactus, o Devorador de Mundos. O personagem enche a tela com todo o seu poder e chega a desferir golpes de 100 hits! Vencê-lo é difícil, mas nada que um pouco de prática não resolva. Nesse sentido, apenas o lutador que aplicar o golpe final nele tem o seu final destravado.

Para quem é marinheiro de primeira viagem, o título tem um modo chamado Missions, que ensina golpes e como combiná-los em ataques. No modo online, os participantes mais veteranos podem disputar partidas sem atrasos de informação, desde que tenham uma conexão mediana com a internet. O problema fica por conta da sala de espera, que não mostra as lutas para quem está aguardando. Com isso, os participantes assistem uma animação dos cartões de estatísticas se batendo, o que acaba cansando um pouco.

O game apresenta renderização em 3D e cenários e combates em 2D. As lutas são bem dinâmicas e a combinação de golpes não é difícil de executar. Com o botão especial, por exemplo, o personagem pode levantar o adversário para aplicar um combo aéreo. Nesse ponto, surge a possibilidade de trocar o lutador no meio do ataque. Outro fator interessante é a união dos poderes dos combatentes, que enche a tela com rajadas de vários hits.

Todos os lutadores estão bem detalhados, sejam eles pequenos ou projetados em maior escala. Como exemplo temos Arthur, do game Ghosts n' Goblins, e M.O.D.O.K, o líder da I.M.A nas HQs da Marvel. Seguindo o quesito gráfico, os cenários apresentam uma alternância entre bem trabalhados e mais simplistas e, dependendo em qual é disputada a luta, acabam confundindo um pouco a visualização, devido ao tanto de informação simultânea.

A Capcom demonstrou preocupação em manter características inerentes aos personagens, tanto pela personalidade como pelos golpes. Assim, o mercenário Deadpool não perde a oportunidade de soltar suas piadinhas infames; o Homem-Aranha aparece com a câmera de Peter Parker em determinado momento e Dante tem as armas de Devil May Cry. Ponto positivo também para a desenvolvedora em facilitar acesso aos extras, pois o jogador só precisa jogar e ganhará pontos, que destravarão sons, modelos 3D, imagens e novos jogadores.

Com versões para PlayStation 3 e Xbox 360, o terceiro game de Marvel vs. Capcom tem alguns deslizes que não o colocam na excelência, mas deve agradar os fãs de jogos do gênero e também os leitores de quadrinhos, que tem a oportunidade de controlar seus heróis ou vilões favoritos em grandes combates.

Nenhum comentário:

Postar um comentário