Criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Chuster, o herói
nascido no planeta Krypton já teve boas histórias contadas nas HQs e nos
cinemas. Com Os Novos 52, reboot da editora DC Comics, o Super-Homem retorna
com boas histórias e algumas mudanças.
Essa primeira edição da nova série conta com três
diferentes histórias, sendo duas com o herói e uma com a Supergirl. Logo, na
primeira história intitulada Qual é o preço do amanhã percebemos algumas
mudanças, como o novo uniforme do herói que agora usa um tom um pouco mais
escuro de azul e não usa mais aquela sunga vermelha, o que ficou mais moderno e
mais condizente com o mundo atual.
Outro ponto positivo são os belos desenhos feitos por
Jesús Merino que mostram uma ótima qualidade de traços e efeitos de cores que
conseguem misturar vários elementos como o fogo, fumaça, o herói e a cidade de
forma que tudo fique nítido e com uma boa qualidade na mesma cena.
A trama traz uma história interessante e até segue o
estilo dos filmes do herói, com uma narrativa simples e com alguns momentos
mais descontraídos principalmente quando Clark Kent não está vestido com a
roupa do herói.
O roteiro criado por George Pérez conta o momento em que
o Planeta Diário foi comprado pelo Globo, jornal concorrente que não possui
nenhuma ética profissional, e a personagem Lois Lane se tornando a produtora
executiva da nova divisão da empresa. Esse fato gera um questionamento muito
interessante entre Clark e Lois sobre como fazer um jornalismo ético e como se
manter firme aos seus princípios morais.
Além disso, a história conta com um empolgante combate
entre o herói Kryptoniano e um ser alienígena, que consegue transformar objetos
em fogo. Isso gera um excelente combate cheio de ação e com excelentes
desenhos.
Já a segunda história com a Supergirl intitulada A última
filha de Krypton traz uma história muito simples, sem muitos detalhes, se resume
na chegada da Supergirl ao planeta Terra e numa equipe especial militar
tentando parar e prender a garota. Apesar de ter um roteiro fraco e sem muitas
explicações, A última filha de Krypton traz muita ação e bons desenhos criados
por Mahmud Asrar, mas que não chegam a ser superiores ao do Super-Homem.
A última história intitulada Superman contra a cidade do
amanhã traz um roteiro inovador por mostrar o herói mais jovem e fugindo da
policia por pressionar a confissão de um criminoso. Sem dúvidas esse roteiro
criado por Grant Morrison, conseguiu inovar sem prejudicar a imagem do herói,
por ser diferente e dar um tom mais realista para o personagem.
Um dos pontos negativos é o uniforme do herói que se
resume a uma camiseta de manga curta com o famoso símbolo do Super-Homem, uma
calça jeans e a capa vermelha, algo que descaracterizou o visual do personagem,
mas que consegue ser aceitável pelo fato da história acontecer em um período de
juventude do herói e também por ser uma visão mais realista do personagem.
Os traços dos desenhos feitos por Rags Morales não
decepcionam e mantém um bom nível de qualidade, principalmente durante a fuga
do herói e no momento em que o Super-Homem tenta parar o metrô. Com certeza,
essa primeira edição do Super-Homem de Os Novos 52 é uma ótima oportunidade
para quem deseja conhecer e acompanhar a história do herói e para aqueles que
já são fãs do herói kryptoniano.
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