sábado, 22 de setembro de 2012

Crítica - Mortal Kombat vs. DC Universe

Cristiano Almeida

A ideia parecia inusitada. Fazer um crossover entre os maiores heróis da DC Comics e os brutais lutadores de Mortal Kombat. Com desenvolvimento da Midway, empresa que na época precisava de um grande sucesso, o game explora características de ambos os universos, mas também corta elementos marcantes, principalmente da série Mortal Kombat, que aqui perde os famosos fatalities.

O enredo é centrado na fusão de dois mundos, Universo DC e Outworld, e no desaparecimento de vários heróis e lutadores. Desse modo, cada lado enxerga o outro como invasor, sendo Batman o líder da parte DC e Raiden o comandante dos guerreiros de Mortal Kombat. Eles e seus companheiros transitam entre os mundos para tentar descobrir o mistério por trás da fusão e salvar seus respectivos universos.

Quando falamos do Universo DC, nos vêm à cabeça, entre outros heróis, a figura do Super-Homem e sua incrível força. Aí pensamos: “não tem lógica ele enfrentar os guerreiros, pois ele é imensamente mais forte”. Bem, a Midway pensou nisso e para quem conhece quadrinhos sabe que o Homem de Aço tem vulnerabilidade à magia, portanto como os poderes dos guerreiros de Mortal Kombat são baseados nesse fator, ele entra com habilidades equiparáveis aos habitantes de Outworld.

Você pode optar entre 22 personagens jogáveis e escolher um dos lados para defender.  Os personagens incluem heróis e vilões, logo temos as presenças tanto de Batman e Liu Kang, como de Lex Luthor, Coringa e Kano. Cada jogador é protagonista de um capítulo e no fim e substituído por um novo lutador. Dependendo de sua escolha, a perspectiva é diferente. Assim, ao terminar o Story Mode na versão de Mortal Kombat, Shao Kahn estará habilitado, caso decida seguir com os personagens DC, Darkseid será a opção. Os vilões também se juntam em um novo inimigo, o Dark Kahn, que será o chefe final do game.

Além do modo arcade, onde você passa por várias lutas até chegar ao final, o jogo acrescenta algumas particularidades para utilizar os atributos de heróis, vilões e guerreiros. Na opção Rage Power o personagem fica mais forte, quando uma barra de energia é completada, e pode quebrar combos ou anular ataques à distância, ou seja, durante esse tempo, que dura poucos segundos, o lutador estará imune ao raio laser do Super-Homem, por exemplo. O Free Fall Kombat está presente em quase todos os cenários que possibilitam quedas de grandes alturas. Aqui, os personagens lutam enquanto caem e é importante tentar chegar ao final por cima do inimigo para não se esborrachar no chão. Por fim, no Test Your Migthy o jogador usa o inimigo para quebrar várias paredes. Essa modalidade depende da combinação dos botões e não está presente em todas as arenas, pois apenas algumas têm paredes.

Os cenários do game são bem legais, trazendo versões do templo de Raiden ou de Lin Kuei e também da Batcaverna e de Metrópolis. A parte sonora mantém o estilo da franquia Mortal Kombat com músicas adequadas às batalhas e os tradicionais barulhos de soco e chutes. A caracterização dos heróis e guerreiros é fiel, embora não haja tanta qualidade gráfica nos movimentos.

A violência característica da franquia Mortal Kombat foi amenizada neste título. Então, não espere arrancar a cabeça de algum herói ou vilão, pois a DC não permitiria isso. Você terá que se contentar com uma combinação de golpes e uma finalização bem mais discreta de ambos os lados, já que a desenvolvedora optou por uma classificação etária menor.

Mortal Kombat vs. DC Universe deve agradar os fãs de jogos de luta por sua ideia de juntar os dois universos e possibilitar a escolha de qual lado defender. Porém, fica a ressalva que a diminuição da violência para os padrões dos jogadores da série Mortal Kombat, pode afastá-los, já que neste jogo os fatalities foram censurados.



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